A produção do conhecimento em tempos de pandemia: práticas, percepções e representações

Última modificação: Quinta-feira, 2 de junho de 2022

Este projeto visa fomentar a reflexão sobre os processos de ensino e aprendizagem durante a pandemia causada pelo COVID-19, o novo coronavirus. Por meio da análise das práticas de ensino, bem como das percepções e representações sobre essa práxis, almeja-se identificar alguns dos impactos, transformações e dilemas que surgiram na educação em função da situação pandêmica, ou que ficaram mais explícitos nesse contexto. Tendo como foco a comunidade acadêmica ligada ao CEFET-MG, Campus Leopoldina, pretende-se contribuir com a reflexão sobre a educação nesse contexto tão desafiador e, consequentemente, sobre o ensino, de uma forma mais ampliada. Entre o segundo semestre do ano de 2019 e o início de 2020, o mundo foi sacudido pela pandemia causada por um novo coronavirus. No Brasil, estima-se que o processo de contágio teve início no mês de fevereiro do corrente ano, fazendo com que, principalmente a partir de março, as instituições de ensino – públicas ou privadas – tivessem que paralisar as suas atividades presenciais, dando início aos processos de ensino e aprendizado marcados pelo isolamento social e pelas atividades em home office. Essa nova realidade tem exigido a apropriação de ferramentas, estratégias e tecnologias que não necessariamente faziam parte das diferentes culturas escolares e do cotidiano social, de uma forma mais geral. Mais do que isso, esse contexto tem colocado vários desafios para educadores e estudantes, gerando reflexões e incertezas sobre o papel das instituições de ensino e sobre o futuro da educação. Passados nove meses de confinamento e de trabalho remoto em educação, considera-se ser válido avaliar os processos de ensino e aprendizagem que estão sendo (re)construídos desde a interrupção das atividades presenciais. Uma ação que se torna ainda mais pertinente, quando se leva em conta os horizontes nebulosos para o ano de 2021. Quais as estratégias, ferramentas, técnicas e tecnologias têm sido apropriadas por professores e estudantes em contexto de ensino remoto? Como essas novas condições têm afetado o processo de ensino e aprendizagem? Quais os possíveis desafios e potencialidades dessas formas de construção do conhecimento? Até que ponto as precariedades explicitadas nesse momento são oriundas da condição remota de aprendizagem? Se nosso cotidiano já era relativamente digitalizado e informatizado, por que mantínhamos práticas marcadamente analógicas nos ambientes presenciais de ensino? Quais as representações e narrativas têm sido construídas por estudantes e professores sobre o ensino remoto? O que poderá ser modificado em nossas culturas escolares após o fim desse processo emergencial causado pela contingência pandêmica? Estas são as questões centrais que norteiam o projeto. Trata-se de uma discussão que, para além de sua flagrante urgência, vai de encontro ao projeto político pedagógico institucional do CEFET-MG, que prevê a elaboração de ações extensionistas norteadoras do desenvolvimento qualitativo do ensino e da pesquisa na instituição – e para toda a sua comunidade acadêmica. Uma meta indissociável do processo de reflexão sobre as nossas próprias práticas, em diálogo permanente com a sociedade em que estamos inseridos, no caso específico desta proposta, a comunidade escolar e acadêmica da cidade de Leopoldina. Nesse sentido, o projeto em questão configura-se também como uma oportunidade de diálogo entre o Campus do CEFET-MG de Leopoldina e as redes estadual e municipal de ensino, além da Universidade Estadual de Minas Gerais, instituição que tem um campus na cidade e com a qual igualmente pretendemos dialogar a partir desta proposição. Almeja-se desenvolver uma análise que concentre-se sobre as próprias práticas e concepções de ensino do nosso campus, em diálogo com os processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos em outras instituições da cidade. Trata-se de uma ação que prevê uma reflexão em rede, nesse momento de grandes desafios para a educação.

Responsável pela ação:

• Virgílio Coelho de Oliveira Junior

Equipe:

• Izabella Fátima Oliveira de Sales                   
• Virgílio Coelho de Oliveira Júnior

Contato:

• E-mail para contato: virgilio@cefetmg.br

Parceiros/Apoio:

• Apoio financeiro: DEDC (2021)

 Público estimado:

• 1700 pessoas